Quando um ILP é liquidado em instrumento de patrimônio, a pessoa beneficiária recebe ações. Como é um ganho de capital, é preciso declarar os papéis no imposto de renda. Pensando nisso, neste texto, você verá como declarar ações no imposto de renda.
Prossiga com a leitura para saber quem precisa declarar e quais transações devem ser discriminadas. Além disso, confira um pequeno passo a passo de como declarar ações no imposto de renda.
Em 2023, houve uma alteração nas regras de declaração de imposto. A partir daquele ano, apenas aquelas pessoas que realizaram operações em bolsas de valores, mercadorias, futuros e afins são obrigadas a declarar.
A obrigatoriedade ocorre se, durante o ano-calendário, elas tiverem realizado alienações que se enquadrem em uma das seguintes condições:
Antes dessa mudança, a instrução normativa estabelecia a obrigatoriedade de declaração para qualquer operação na bolsa de valores, independentemente do valor.
A Receita Federal dispõe de sistemas mais eficazes para fiscalizar os contribuintes. Por isso, é crucial que os investidores estejam atentos para não omitirem informações relevantes na declaração de imposto de renda.
Certas operações estão sujeitas à tributação do imposto de renda, sem considerar valores mínimos ou máximos. São elas:
Para ter o entendimento completo e como declarar ações no imposto de renda, é preciso entender melhor quais itens devem ser apontados. A seguir, você verá quais transações devem ser discriminadas na declaração e quais são isentas ou não de tributação.
Recebeu ações provenientes de seu plano de Incentivo de Longo Prazo e vendeu os papéis? Se houve lucro, é necessário especificar o valor diretamente. Não apenas neste tipo de situação, é bom deixar claro.
É importante notar que ao indicar um valor positivo, o programa automaticamente calcula o imposto de renda a ser recolhido. Por essa razão, é fundamental manter um controle paralelo tanto da quantidade quanto da apuração de ganhos ou prejuízos.
Para iniciar, é importante ressaltar que a apuração de renda variável deve ser realizada mensalmente.
No contexto do imposto de renda, os lucros provenientes da venda de ações no mercado à vista de até R$ 20.000 são considerados isentos. Consequentemente, esses ganhos devem ser declarados na ficha de "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis".
Por outro lado, as vendas mensais que excedem esse limite devem ter o imposto de renda calculado, com a alíquota de 15% para operações comuns e 20% para day-trade, aplicada.
Se o investidor não efetuar o pagamento do DARF código 6015 até o último dia útil do mês seguinte à apuração do ganho, estará em atraso perante a Receita Federal.
Os lucros apurados devem ser registrados mensalmente na ficha "Renda Variável – Campo Operações Comuns/Day Trade", indicando o mês do ganho e o valor correspondente. Dessa forma, o programa calculará o imposto devido, sendo necessário inserir o valor do imposto pago logo abaixo.
Os dividendos são considerados rendimentos isentos de tributação. Isso tanto durante a distribuição quanto na inclusão na Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF). Sendo assim, não são incluídos na base de cálculo do imposto.
Para declarar essas informações, é preciso acessar a ficha "Rendimentos Isentos e Não Tributáveis" e ir ao campo "09 – Lucros e dividendos recebidos". É obrigatório fornecer o CNPJ da empresa que está distribuindo os dividendos neste campo.
Em situações de prejuízo, é imprescindível realizar a declaração para que o investidor possa compensar essas perdas com lucros futuros.
Manter em dia o pagamento dos Darfs é essencial para garantir que você possa comprovar, na declaração do Imposto de Renda, o cumprimento de suas obrigações ao longo do ano. Além disso, para evitar multas e juros decorrentes de atrasos.
Adicionalmente, as corretoras de valores têm a obrigação de reter o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte), à taxa de 0,005% sobre as vendas em operações comuns. Ademais, 1% sobre os ganhos em operações Day Trade, conhecido como IR "dedo-duro", para repassar à Receita Federal e informar a quantidade de operações realizadas por seus traders mensalmente.
Caso ocorra atraso ou omissão na declaração do imposto de renda em Renda Variável, a declaração ficará sujeita à malha fina, o que acarreta multas e juros.
Agora que você já sabe quem deve declarar ações e o que exatamente precisa ser declarado, é chegado o momento de entender como declarar ações no imposto de renda.
A seguir, você verá um passo a passo simples para entender a dinâmica da declaração e se preparar para ficar em dia com a Receita Federal.
Neste artigo, você viu como declarar ações no imposto de renda, sendo os papéis provenientes de um Incentivo de Longo Prazo ou não. Além de ver o passo a passo para declarar os papéis, você soube quem precisa declarar as ações e quais são as operações a serem discriminadas.
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Um IPO tem como principais objetivos fazer uma companhia crescer. Isso porque, por meio desse processo, é possível captar mais recursos para investimentos. O que muitas empresas podem não saber é que este é um processo bastante complexo de se passar.
Pensando nisso, neste artigo, vamos explicar como funciona o processo de IPO de uma companhia. Além disso, você saberá como um plano de ILP pode contribuir para os desafios que o IPO impõem ao negócio. Boa leitura!
A abertura de capital consiste em disponibilizar ao mercado a possibilidade de outros investidores adquirirem pequenas partes da companhia. Com isso, eles participam da divisão do lucro quando há a distribuição.
Sendo assim, a empresa em questão passa a ter vários sócios que negociam pequenas partes societárias na bolsa de valores. Por isso, essa companhia passa a ser classificada como uma Sociedade Anônima de capital aberto.
Para se preparar para um IPO, é necessário ter em mente a importância de três fatores principais, que você poderá ver a seguir.
A empresa precisa compreender que o processo de IPO demanda um prazo considerável. O tempo para a abertura de capital é de cerca de um ano, mas pode variar. Com isso, durante este período, o foco da companhia deverá ser o IPO.
Outro ponto muito importante é ter consciência de que um IPO custa caro. O processo de abertura de capital pode chegar à casa dos milhões. Portanto, é mais do que necessário que haja planejamento financeiro e o estudo da viabilidade de iniciar o IPO. Ademais, é preciso entender o impacto que este investimento pode causar no caixa da companhia.
Como último ponto de atenção para o processo de IPO, citamos a reestruturação administrativa que a companhia deve fazer. Isso serve para aumentar a Governança Corporativa da empresa. Dessa forma, os trâmites internos ganham transparência, o que afeta diretamente a abertura de capital.
Como dissemos anteriormente, os trâmites de um IPO são complexos e demandam bastante esforço, tempo, investimento e revisão de processos internos. A seguir, você entenderá, com mais detalhes, como funciona a abertura de capital em poucos passos.
O processo tem início com a formação de uma equipe de IPO, tipicamente constituída por contadores, advogados, auditores, banqueiros de investimento e um especialista em regulação da CVM.
Esta equipe tem a responsabilidade de coletar, organizar e consolidar todas as informações relevantes sobre a empresa, incluindo documentos financeiros e contábeis.
Durante essa fase, a empresa pode optar por vender unidades de produção, partes do negócio e outros ativos. O objetivo dessas operações é ajustar o fluxo de caixa e garantir que tudo esteja em ordem para a oferta pública inicial.
Após todas as formalidades serem devidamente cumpridas, a empresa procede com a solicitação de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Esse pedido de inscrição possibilita a listagem e negociação das ações da empresa na bolsa de valores.
Simultaneamente à decisão de realizar o IPO, a empresa emite um comunicado ao mercado. Nele, a companhia informa sobre a abertura de capital e estabelece uma previsão para a estreia.
A próxima etapa envolve a disponibilização ao público do prospecto do IPO da empresa. Neste documento, os interessados encontrarão informações detalhadas sobre:
O prospecto serve como um guia minucioso de todos os procedimentos até o dia da oferta pública inicial.
Durante esta fase, o departamento jurídico assume a responsabilidade de elaborar os contratos para a transição do status de capital fechado para aberto. Consequentemente, as informações financeiras e contábeis da empresa são submetidas à auditoria por profissionais especializados.
A esta altura, a empresa se aproxima cada vez mais do IPO. Durante o período de reserva, potenciais investidores, sejam eles individuais ou institucionais, têm a oportunidade de determinar o preço e a quantidade de ações que desejam adquirir na empresa.
Nesse estágio, é crucial revisar o prospecto para entender se há uma faixa de preço estabelecida e outras condições relevantes para a compra das ações.
O período de reserva também permite que a empresa identifique os interessados em adquirir suas ações e saiba o preço estão dispostos a pagar pelos ativos.
Após o período de reserva, a empresa procede à análise dos investidores interessados em se tornarem acionistas em relação ao montante desejado para captar com o IPO.
Com base nessas informações, o preço das ações é calculado para o dia de estreia na bolsa de valores. Esse preço pode estar subavaliado, avaliado corretamente ou sobreavaliado.
Tipicamente, as companhias optam por precificar as ações abaixo do seu valor real. Dessa forma, buscam atrair um maior número de investidores para o IPO e promover uma valorização inicial dos papéis.
Neste ponto, a empresa está preparada e aguarda apenas o dia de sua estreia na bolsa, conforme descrito no prospecto da oferta.
Um plano de Incentivo de Longo Prazo é extremamente vantajoso para diversos momentos do ciclo de vida da empresa. Em um pré-IPO, existem necessidades que a remuneração pode ajudar, como:
Portanto, se torna interessante contar com o auxílio de uma empresa especializada em ILP, como a Pris, para entender se faz sentido a adoção do incentivo para ajudar no processo de IPO.
Ao finalizar a leitura deste artigo, você terá entendido como funciona o processo de IPO e quais são os principais pontos de atenção para a abertura de capital. Ainda, terá conferido como um Incentivo de Longo Prazo pode ajudar neste momento que a companhia vive.
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Em uma recente decisão, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) julgou que a natureza do plano de Stock Options é remuneratória. A decisão é tida como controversa, já que vai contra outros julgamentos da autarquia.
Neste artigo, você saberá mais detalhes sobre a decisão e entenderá quais são as consequências para o mercado. Além disso, poderá conhecer quais são as iniciativas de legislação do ILP. Boa leitura!
O julgamento envolveu a empresa Cielo, e a controvérsia residia no entendimento da natureza do plano em questão, se remuneratória ou mercantil. Essa é uma questão comum em discussões relacionadas aos planos de Stock Options.
O julgamento, que estava empatado, foi definido pelo voto de qualidade e acabou por favorecer a União.
A decisão foi desfavorável tanto para a empresa quanto para os funcionários. Isso porque resolução determinou que o plano possui a natureza remuneratória. Sendo assim, sujeitou o SOP da empresa à contribuição previdenciária e ao Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
Em contrapartida, se o plano fosse considerado mercantil, a tributação recairia sobre o ganho de capital, com a incidência do IRPF.
Sob o entendimento que o plano de Stock Options é uma relação remuneratória, o ILP fica sujeito à tributação e impostos trabalhistas. Além disso, empresa e beneficiários passam a dever contribuições previdenciárias por conta do incentivo.
Portanto, as Opções de Compra de Ações estariam sujeitas às mesmas regras de recolhimentos de uma remuneração convencional, como a de um salário.
A outra forma de interpretar as Stock Options é como relação mercantil. Ou seja, o entendimento desse cenário é que o SOP é uma movimentação do mercado de ações e não da seara salarial.
Para ser interpretado dessa forma, o incentivo precisa, obrigatoriamente, contar com três elementos:
Sendo visto como mercantil, a forma de tributação do plano de Stock Options muda. Como mencionamos anteriormente, o incentivo deixa de ser taxado por contribuições previdenciárias e trabalhistas.
Sendo assim, a única incidência tributária sobre o plano nesta situação é a taxação do Imposto de Renda sobre ganho de capital no momento da venda das ações.
Historicamente, o CARF já julgou diversos casos com decisões favoráveis aos contribuintes. No entanto, este entendimento não pode ser visto como consolidado pela corte. Logo, o volume de decisões desfavoráveis, como a da Cielo, é considerável.
A decisão deste e outros julgamentos e a falta de regulamentação do plano de Stock Options no Brasil impacta diretamente o mercado. A seguir, você poderá entender melhor como as empresas podem reagir à sucessão de fatos citados neste artigo sobre as Stock Options.
Tanto o histórico heterogêneo de decisões quanto o julgamento mais recente desfavorável a empresas e beneficiários têm impactos no mercado. Por conta desses fatores, a segurança jurídica de empresas que optam pelas Stock Options se torna um grande ponto de atenção. Com isso em vista, também há impactos no fator citado na sequência.
Por conta da falta de segurança jurídica, a atratividade do plano de Stock Options fica comprometida. A interpretação de que este é um incentivo de natureza remuneratória culmina em uma maior carga tributária sobre o ILP.
Tendo isso em vista, este Incentivo de Longo Prazo se torna mais oneroso, ou seja, menos vantajoso para empresas e pessoas beneficiárias.
Isto pode fazer com que os benefícios ofertados pelas Stock Options não sejam mais vantajosos do que os custos com a remuneração. Sendo assim, as empresas podem optar por outro tipo de ILP
Uma regulamentação nacional das Stock Options se faz mais necessária a cada decisão conflitante. O direcionamento legal também resolveria as atuais dúvidas quanto à segurança jurídica do plano e, consequentemente, aumentaria a atratividade das Stock Options. Neste tópico, você conhecerá as iniciativa em curso que visam a regulamentação do SOP.
Tramita no Congresso um Projeto de Lei conhecido como Marco Legal das Stock Options. O PL 2.724/2022, de autoria do Senador Carlos Portinho (PL/RJ) foi aprovado pelo Senado e segue para apreciação e votação na Câmara dos Deputados.
O Senador esteve na primeira edição do Pris Day, em agosto de 2023. No evento, organizado pela Pris e BTG Pactual, foram discutidas pautas relevantes para o universo dos Incentivos de Longo Prazo. O parlamentar e outros especialistas falaram sobre como o PL pode impactar as empresas.
A proposta justamente define que o plano de Opções de Compra de Ações é de relação mercantil. Portanto, encerraria definitivamente a discussão sobre esta nuance.
Além disso, o texto aponta que o recolhimento do Imposto de Renda aconteça apenas no momento da alienação das ações. Dessa forma, há tributação do ganho de capital fruto da diferença entre valor pago no Strike Price e o preço de venda.
O PL também delimita o período mínimo de 12 meses entre o vesting e a entrega das opções. Esse prazo é comum aos Incentivos de Longo Prazo no geral. Ainda, fica estabelecido que o período de lock up, ou seja, a venda das ações, caso exercidas, seja de 12 meses. Isto não se aplica caso haja cláusulas específicas do contrato.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) está perto de decidir como as sentenças emitidas pelo tribunal devem enxergar o SOP. Há inúmeras decisões de ações trabalhistas em que não existe consenso sobre a natureza do plano.
O julgamento ainda não tem data, mas assim que for de conhecimento público, a decisão deverá ser seguida pelas demais instâncias do judiciário. O Superior Tribunal Federal (STF) é excluído desta premissa.
Neste artigo, você pôde entender melhor como foi a decisão do CARF que interpretou o plano de Stock Options da Cielo como natureza remuneratória. Ademais, você conferiu quais são os impactos do julgamento no mercado e quais são as iniciativas para a regulamentação deste plano de ILP no Brasil.
A Pris é especialista em Incentivos de Longo Prazo e pode ajudar sua empresa a saber qual é o modelo de ILP ideal para o negócio. Entre em contato conosco para conhecer produtos e serviços. Siga nossos perfis nas redes sociais para conferir mais conteúdos como este.
“Tipos de ILP e como eles podem colaborar na estratégia da empresa” foi o tema em debate na edição do Papo Pris de março de 2024. Neste episódio, os especialistas convidados deram diversas dicas importantes para a efetividade do desenho de ILP.
Ao realizar esta leitura, você poderá ver, ainda, o que é melhor — liquidar o plano em caixa ou instrumento patrimonial. E, também, se é vantajoso para o desenho de ILP incluir regra de performance e cláusula de matching.
Os apresentadores do Papo Pris, Leandro Rangel e Júlia Kerr, receberam convidados especialistas em Incentivos de Longo Prazo. Contribuíram com a conversa:
Um dos pontos estratégicos relativos ao desenho de ILP abordado por eles foi sobre o que é mais vantajoso — liquidar o plano em caixa ou em instrumento de patrimônio. A seguir, você verá prós e contras de cada uma das formas de pagar um ILP ao beneficiário.
Segundo Murilo Caldeira, o processo de transferência do instrumento patrimonial, ou seja, de ações da companhia, é essencial para a configuração de natureza não-remuneratória do incentivo.
Dessa forma, a liquidação em caixa, ou seja, em dinheiro, não viabiliza a onerosidade. Portanto, não há o cumprimento de um dos principais requisitos para que o ILP seja interpretado como relação mercantil.
"Por outro lado, todos os outros incentivos já possuem natureza remuneratória. Então, você entregar em ações ou em dinheiro não vai ter um impacto de acréscimo de custo do ponto de vista dos encargos. Porque a companhia já deveria estar recolhendo os encargos em cima do valor das ações ou do valor pago em dinheiro", conclui o advogado.
Uma das observações feitas é sobre o impacto inicial sobre empresas de capital fechado, principalmente quando se trata de uma startup. Pois, neste caso, é provável que a empresa não tenha disponibilidade de caixa imediata.
O head de consultoria da Pris, Felipe Vinhas, aponta algumas questões sobre o assunto que o gestor precisa se fazer antes de escolher o modelo de incentivo da empresa:
É importante refletir sobre esses pontos para a tomada de decisão para optar por planos de liquidação em dinheiro ou ações.
A especialista em ILP da Pris, Viviane Mota, ressalta a importância do plano de remuneração seguir as normas contábeis vigentes no Brasil.
Seguindo as recomendações da norma IRFS-2 e CPC-10, todo plano de ILP deve ter um valor justo, o fair value. Ele é atribuído às outorgas que são concedidas e o fair value é calculado no momento da concessão para fins contábeis.
Isso ocorre para que se consiga conhecer o custo desse incentivo ao longo do período de aquisição no momento de fazer o desenho de ILP.
“As empresas têm que reconhecer esse plano de Incentivo de Longo Prazo nas suas demonstrações financeiras e o fair value vem para a gente conseguir mensurar esse custo”, aponta a especialista.
Ainda de acordo com as orientações da norma, quando são planos pagos em instrumento de patrimônio, o fair value é calculado no momento da concessão na data de outorga. E o fair value é válido até o final do vesting, ele não é recalculado.
Mota ressalta que os custos de planos pagos em ações são mensurados no patrimônio líquido. Já planos que são pagos em caixa, ou seja, dinheiro, é preciso remensurar o fair value a cada fechamento contábil da empresa. Nesse caso, não é válido até o final do vesting, já que varia de acordo com o valuation da empresa.
Para planos que contam com encargos, que são contas do passivo da companhia, a especialista explica que, mesmo o plano sendo pago em ações, havendo os encargos, a parte do fair value para pagamento dos impostos também deve ser recalculada a cada fechamento contábil.
Murilo Caldeira reforça a fala da especialista da Pris. "Isso é super importante. Porque, a depender da forma como você escreve no documento, se você escrever que é em instrumento patrimonial e pode ser liquidado em caixa, contabilmente significa uma coisa. Se você escrever que é liquidação financeira e pode ser liquidado em instrumento patrimonial contabilmente é outra coisa.”
Ele ainda salienta que uma pequena diferença na linguagem do documento gera um impacto contábil e, muitas vezes, até inesperado pela companhia.
“A depender da forma como o documento foi escrito, quando se está em um processo de, por exemplo, investimento privado, a companhia está indo para um IPO, ou uma venda privada, se você está contabilizando de uma forma que não reflete a linguagem do documento que você assinou com as pessoas, com certeza vai impactar também na diligência da companhia. Isso será visto pelos auditores como um ponto de atenção”, conclui o advogado”.
Outra possibilidade estratégica no processo de desenho de ILP é a inclusão da regra de performance e da cláusula de matching. A seguir, você saberá quais são as considerações dos especialistas convidados para este episódio do Papo Pris.
A analista de remuneração da Klabin, Amanda Cavalcanti, conta que, na companhia, são utilizados planos com os dois aditivos — regras de performance e cláusula de matching.
Na percepção de Cavalcanti, o plano com performance é mais aderente a níveis mais altos da hierarquia de cargos, como os executivos. Já o plano com cláusula de matching tem uma ótima aceitação para as demais pessoas beneficiárias.
“O de performance, todo plano atrelado ao indicador cabe mais a cargos de alto nível, dentro de diretorias, e a parte de matching para o colaborador fazer parte do programa e se sentir no espírito de dono”, comenta.
Cavalcanti ainda cita a importância do alinhamento de interesses e perspectivas de crescimento da empresa e diz que as pessoas que entram no plano de matching têm o sentimento de dono.
“Pensam ‘agora que faço parte do programa, o que posso fazer para melhorar no meu dia a dia, estou investindo na minha casa, na empresa que eu acredito, que tem 120 anos’, comenta a analista de remuneração.
O advogado Murilo Caldeira ratifica a fala de Cavalcanti e destaca a necessidade de entender qual é o público que recebe o incentivo.
"A depender do tipo de público, está mais ou menos familiarizado com os indicadores que você está atrelando ao documento. Via de regra, a ideia é não complicar muito porque, a medida que você complica, as pessoas tendem a ver menos valor naquele incentivo, porque ela nem consegue entender o que você está oferecendo para ela".
Caldeira aponta que outro elemento que sempre é avaliado nas discussões judiciais é se a companhia tentou atrelar o plano de opção de compra de ações à performance do colaborador.
Se sim, há o entendimento de que se está indo para uma linha incompatível e incoerente com o tratamento não-remuneratório.
“Quando você traz o incentivo atrelado à performance do colaborador e/ou aos resultados da companhia, você está trazendo esse incentivo para dentro do contrato de trabalho daquela pessoa. E isso descaracteriza a natureza não-remuneratória do seu plano de Stock Option”, constata o advogado.
Ele ainda explica que quando se trata de qualquer outro modelo de incentivo, não há impeditivos de atrelar performance. Isso porque a companhia já trata como natureza remuneratória. Portanto, a empresa pode colocar o indicador que faz mais ou menos sentido para seus objetivos.
Os especialistas convidados deram dicas muito importantes para empresas que estão em processo de desenho de ILP ou que estão pensando em adotar o incentivo.
A seguir, veja como a contribuição deles pode ajudar a gerar insights para a sua empresa e facilitar o processo de implementação de um Incentivo de Longo Prazo.
Amanda Cavalcanti ressalta que é muito importante para saber qual modelo atende às principais necessidades da companhia. Ela também destaca que é preciso se atentar a todas as possibilidades de combinações que um ILP oferece, como com a inserção de regra de performance e cláusula de matching.
"Em caso de dúvidas contrate a Pris para ajudar nesse momento de definição de plano, parte de benchmarking, eles ajudam demais", diz a analista de remuneração da Klabin.
A especialista em ILP da Pris, Viviane Mota, complementa sobre como a empresa pode colaborar com o desenho de ILP e em outros momentos da adoção e gestão do incentivo.
“A contratação, o apoio de uma empresa especializada é fundamental para que consiga, desde o início, abrir a mente para entender os objetivos da empresa. Acho que esse é o ponto fundamental para se iniciar um desenho e seguir toda a trilha relacionada a um plano de ILP", destaca a especialista.
O head de consultoria da Pris, Felipe Vinhas destaca o cuidado ao escolher os tipos de indicadores escolhidos para performance. Isso porque eles precisam ser aderentes ao negócio da companhia.
"Nunca esquecer que o ILP não trabalha sozinho no pacote de remuneração. Não existe fórmula mágica para o desenho do ILP, como a gente falou. Existem diversas formas de fazer, não tem uma empresa que tenha um ILP igual a outra, praticamente impossível”.
Além disso, o especialista ressaltou que é preciso pensar, também, do ponto de vista da aderência do que o acionista precisa e no pacote daquele colaborador. “Com quanto o ILP vai contribuir para o que a empresa espera dele e também do ponto de vista de remuneração e competitividade", finaliza.
Ao finalizar esta leitura, você pôde ver importantes dicas dadas pelos especialistas convidados para a última edição do Papo Pris para o momento do desenho de ILP. Optar por liquidação em dinheiro ou ações e a inclusão de performance e cláusula de matching nos planos são pontos de reflexões cruciais.
A Pris é especialista em Incentivos de Longo Prazo e pode ajudar sua companhia a fazer um desenho de ILP eficaz para o negócio. Entre em contato conosco para conhecer nossos produtos e serviços. E não se esqueça — este episódio do Papo Pris já está disponível e pode ser visto gratuitamente!
Em março, a Pris transmitiu mais um episódio do Papo Pris, um webinar bimestral. Nesta última edição, o tema em debate foi “Tipos de ILP e como eles podem colaborar na estratégia da empresa”.
Neste artigo, você verá quais são alguns dos passos estratégicos mais importantes para se adotar um modelo de ILP. Diversos especialistas no assunto contribuíram para a riqueza do conteúdo e, com certeza, irá gerar insights para sua empresa. Boa leitura!
O primeiro tema abordado por nossos apresentadores, Leandro Rangel e Júlia Kerr, foi se um ILP deve ou não ser atrelado ao valor da companhia.
A seguir, você poderá ver um pouco das opiniões e apontamentos dos especialistas convidados. Estiveram presentes nesta edição do Papo Pris:
A Pris tem como fundamento trabalhar com planos atrelados ao valor da companhia. Isso quer dizer que, ao propor a adoção de um ILP nessa condição, a empresa considera variáveis que podem interferir no valor a ser pago ao colaborador.
No caso de um plano não atrelado ao valor da companhia, a empresa fecha um valor de remuneração que será pago ao beneficiário ao final de um determinado período de tempo. Com isso, apenas a retenção de talentos é trabalhada.
De acordo com a Analista de Remuneração da Klabin, Amanda Cavalcanti, a decisão por um plano atrelado ou não ao valor da companhia depende da necessidade da empresa.
“A primeira pergunta é o que eu quero com esse Incentivo de Longo Prazo? O que ele vai me trazer ao longo do tempo? Então acho que tem todas essas questões para serem avaliadas”, enfatiza Cavalcanti.
Um fator que pode atrapalhar a escolha do ILP ideal para a empresa é a comparação com os incentivos adotados por outras companhias. A especialista em ILP da Pris, Viviane Mota, ressaltou que muitas empresas focam em fazer benchmarking.
Mota confirma a importância desse estudo de mercado. Mas a especialista alerta que o plano a ser adotado pela empresa não pode ser pautado por essa comparação.
“O programa que será definido,desenhado para a empresa, vai depender dos objetivos estratégicos que ela tem que são diferentes de outros mercados”, reforça a especialista da Pris. Ela completa sua colocação dizendo que o plano escolhido pela companhia deve alinhar os objetivos estratégicos a longo prazo, o que é algo individual.
Para o advogado do escritório Machado Meyer, Murilo Caldeira, uma das maiores vantagens em ter o plano de ILP atrelado ao valor da companhia é gerar o alinhamento de interesses entre acionistas e pessoas beneficiárias. Além disso, é a melhor forma de conseguir, a longo prazo, a contribuição do executivo ou executiva.
“O valor de mercado é variável e super volátil aos resultados de curto prazo. Quando você olha para o longo prazo e atrela o valor de mercado da companhia, você tende a ter um melhor alinhamento de interesses entre os administradores e os acionistas”, completa o advogado.
Após a definição se o plano será ou não atrelado ao valor da companhia, o próximo passo é a escolha entre um plano de ações ou opções. A seguir, você verá os principais pontos a serem observados sobre este ponto da tomada de decisão de acordo com os especialistas.
Murilo Caldeira exalta a característica mercantil do plano de Stock Options tradicional. “O principal ponto que as companhias têm que levar em consideração, de todos os modelos de ILP, o único deles que a gente consegue dar tratamento não remuneratório é o plano de opção de compra de ações”.
No entendimento da doutrina e da jurisprudência que trata desse tema, é possível conceder natureza não-remuneratória para esse tipo de plano. Isso porque ele tem duas características que o diferenciam de qualquer outro modelo de ILP — existência de onerosidade e risco.
O advogado explica que onerosidade é o beneficiário ter que desembolsar recurso financeiro próprio para realizar o pagamento do preço de exercício das opções para adquirir as ações da companhia. Assim, eventualmente, auferir lucro caso as ações se valorizem acima do preço de exercício pago.
Já o risco é inerente ao fato de que esse beneficiário só vai ganhar dinheiro com o plano de opção de compra de ações se o valor da companhia for maior do que o preço de exercício que foi travado na data da outorga.
“Planos de opção de compra de ações, desde que observado determinados requisitos, não possuem natureza remuneratória. Consequentemente, não estão sujeitos a encargos trabalhistas, FGTS, INSS, 13º, férias e etc.”, aponta o advogado
Os especialistas alertam, ainda, que empresas que pretendem adotar um ILP precisam se atentar à natureza do plano escolhido. Isso para que não haja surpresas com gastos não provisionados, como os que citamos que incidem sobre planos de natureza remuneratória.
Para Felipe Vinhas, saber o momento em que a empresa se encontra é importante para escolher o plano. Isso porque a perspectiva de valorização das ações ou da companhia influenciam diretamente o alinhamento de objetivos do plano aos da empresa.
Em um plano de opção de compra de ações o beneficiário está adquirindo uma opção de compra no futuro ou um preço pré-definido no presente.
“Os beneficiários estão apostando que dali um tempo ela se valorizará. Caso não se valorize, o plano fica em condição underwater, portanto, não há vantagem em exercer as opções já que elas valem menos do que o strike price (preço de exercício)”, explica Vinhas.
Neste artigo, você pôde ver os principais pontos abordados pelos especialistas convidados para a última edição do Papo Pris. Atrelar ou não o ILP ao valor da companhia e optar por planos de ações ou opções são decisões muito importantes para os futuros resultados do incentivo.
A Pris é especialista em ILP e pode ajudar sua companhia a fazer as melhores escolhas de acordo com as necessidades e objetivos. Entre em contato conosco para conhecer nossos produtos e serviços. E não se esqueça — este episódio do Papo Pris já está disponível e pode ser visto gratuitamente!
O capital humano das empresas precisa de constantes estímulos e reconhecimentos para atuarem de acordo com o que é esperado pelas companhias. Existem várias maneiras de reconhecer as pessoas colaboradoras. Adotar um plano de Incentivo de Longo Prazo é uma delas.
No entanto, ao optar por essa estratégia, pode surgir a dúvida — como escolher quem participará deste programa? Portanto, neste artigo, você verá algumas dicas de como solucionar esta questão. Além disso, entenderá porque é tão importante viabilizar um ILP para o capital humano. Boa leitura!
Adotar um Incentivo de Longo Prazo pode ter um efeito potencializador sobre o desempenho do capital humano da empresa. A seguir, você entenderá como um ILP atua neste sentido.
O plano de Incentivo de Longo Prazo é uma forma da empresa mostrar para a pessoa beneficiária que valoriza seu trabalho. Ainda, que o colaborador ou colaboradora é visto como essencial para o bom desempenho da organização.
Dessa forma, o capital humano é valorizado, fator muito importante para gerar a sensação de pertencimento ao ambiente de trabalho. Fator que também colabora para a retenção do talento.
É importante ressaltar que, além de ser um incentivo, o programa também reconhece pessoas que:
Ao se sentir valorizada e entender que o esforço desempenhado para apresentar bons resultados vale a pena, a pessoa colaboradora dá prosseguimento ao ciclo de energia e força de vontade no trabalho.
Com isso, não apenas a produtividade é positivamente afetada. Os colaboradores também estarão engajados e mais propensos a se envolver com outras atividades propostas pela empresa.
A adoção de um Incentivo de Longo Prazo pode ser muito benéfica para empresas que têm como um de seus principais objetivos reter talentos. Isso é possível porque um ILP age em diferentes pontos que trabalham a retenção estratégica de pessoas, como:
Eleger, entre todo o capital humano da empresa, quais serão as pessoas participantes do plano de ILP depende de um conjunto de fatores.
Sendo assim, os gatilhos para a participação devem ser pensados de forma conjunta para que não haja desbalanceamento. Dessa maneira, a ideia é que nenhum grupo seja mais favorecido do que o outro.
A seguir, você conhecerá alguns dos principais fatores que empresas adotam para determinar quem serão as pessoas elegíveis ao Incentivo de Longo Prazo.
É aconselhável que, antes de adotar um ILP, a empresa entenda quais são seus objetivos e possibilidades para o plano. Entre essas possibilidades, está a definição do orçamento que será direcionado à estratégia.
Entre outras coisas, é importante saber quanto há de verba disponível para o ILP para, justamente, traçar um plano de quantas pessoas serão elegíveis.
Ademais, a depender de quantas pessoas puderem participar, é necessário criar um planejamento de critérios. Logo, alguns dos critérios utilizados são os fatores que citaremos adiante.
Quando o orçamento da empresa destinado ao Incentivo de Longo Prazo não comporta a inclusão de todo o capital humano no programa, o nível hierárquico pode ser um critério de elegibilidade.
Não é raro que os executivos da companhia sejam as pessoas selecionadas para integrarem o ILP. Isso porque, este tipo de perfil profissional carrega uma bagagem essencial para a empresa.
Logo, o ILP é oferecido na tentativa de aumentar a remuneração total e, consequentemente, causar a retenção da pessoa colaboradora.
A performance apresentada pelas pessoas colaboradoras também pode ser um outro critério para estabelecer a elegibilidade do ILP. Isso porque, como dissemos anteriormente, é necessário estimular a produtividade, mas também reconhecer o esforço empregado.
Portanto, pessoas colaboradoras que apresentam alta performance podem ser consideradas no momento de definir qual parte do capital humano da empresa participará do programa de remuneração.
Neste artigo, você viu como a adoção de um ILP pode afetar positivamente o capital humano de uma empresa. Além disso, conheceu alguns dos critérios mais utilizados para estabelecer a elegibilidade do plano.
A Pris é especialista em Incentivos de Longo Prazo e pode auxiliar sua empresa em todo o processo de gestão do ILP. Entre em contato conosco para conhecer produtos e serviços. Não deixe de seguir nossos perfis nas redes sociais para ver outros conteúdos como este.
Sociedades Anônimas são empresas que estão em uma constante busca por crescimento. Seja uma companhia de grande porte, já solidificada no mercado, ou recém-nascida, ainda em estruturação.
Neste artigo, você verá como um ILP pode auxiliar empresas que adotam esta modalidade empresarial. Além disso, daremos algumas informações importantes sobre o processo de implantação desta estratégia. Boa leitura!
Sociedades Anônimas, comumente abreviadas como S.A são empresas nas quais o capital social é dividido em ações. Cada ação representa uma parcela da propriedade da empresa. Isso concede aos acionistas direitos proporcionais aos seus investimentos, como veremos adiante.
Esse tipo de organização empresarial pode estar listada na bolsa ou não. Seja qual for o porte e segmento das Sociedades Anônimas, é importante que as companhias estejam em busca de crescimento.
Logo, para que isso seja possível, é preciso investir em diferentes tipos de estratégias. A seguir, você entenderá como um Incentivo de Longo Prazo (ILP) atua neste sentido.
A oportunidade de compor o quadro societário de Sociedades Anônimas é vista como uma oportunidade única. Isso porque, quem participa do equity de uma empresa com este formato tem uma série de direitos sobre a companhia, como:
Portanto, a pessoa colaboradora que recebe a oportunidade de participar de um programa de ILP se sente reconhecida e valorizada.
Além disso, ao compor o equity, os interesses dos beneficiários são alinhados aos interesses dos acionistas. Por consequência, cria-se um senso de unidade e propósito comum em direção aos objetivos de crescimento e lucratividade da empresa.
A retenção de talentos ocorre não só pelo fator listado no item anterior. Ela também é trabalhada por conta do vesting.
O vesting nada mais é do que um período de carência. Ou seja, a pessoa beneficiária precisa se manter por um período mínimo de 12 meses na empresa para ter acesso ao incentivo financeiro. Este prazo varia de acordo com a necessidade da empresa.
Programas de Incentivo de Longo Prazo geralmente estão alinhados aos objetivos das empresas de Sociedades Anônimas no longo prazo.
Desse modo, encoraja os beneficiários a tomarem decisões e ações que beneficiem não apenas os resultados imediatos. Mas também, o crescimento sustentável da empresa a longo prazo.
Empresas que têm programas de Incentivo de Longo Prazo bem estruturados podem ser mais atraentes para investidores. Isso acontece pois essas companhias demonstram um compromisso com o crescimento sustentável e a maximização do valor para os acionistas a longo prazo.
Logo, este é um fator muito importante para Sociedades Anônimas que acabaram de nascer. Já que houve um grande investimento de poucos sócios com a premissa de que a empresa cresceria em um determinado período de tempo.
Portanto, atrair novos investimentos é essencial para o desenvolvimento e sobrevivência do negócio.
Ao oferecer aos colaboradores a oportunidade de se tornarem acionistas da empresa, uma cultura de propriedade pode ser cultivada. Independentemente da forma que o poder acionário é ofertado — seja por meio de opções de ações ou outros programas de participação acionária.
Assim sendo, pode levar a um maior senso de responsabilidade, inovação e comprometimento com o sucesso da empresa.
Em Sociedades Anônimas existe um maior senso de responsabilidade, por conta dos direitos dos acionários que citamos anteriormente. Portanto, um ILP trabalha ainda mais a cultura de propriedade na empresa.
Agora que você já sabe como um ILP pode estimular o crescimento de Sociedades Anônimas, é hora de saber como implementar este tipo de remuneração.
A implementação de um Incentivo de Longo Prazo é um processo decisivo para o êxito da estratégia. Cada etapa deve ser planejada com cuidado e sua execução deve receber atenção de todas as pessoas envolvidas no processo.
São algumas dicas para a implementação de um ILP:
Ao finalizar a leitura deste artigo, você terá entendido como um ILP pode beneficiar Sociedades Anônimas. Alinhamento de interesses, retenção de talentos, foco em desempenho a longo prazo, atração de novos investidores e cultura de propriedade são vantagens para empresas que adotam o incentivo.
A Pris é especialista em Incentivos de Longo Prazo e pode auxiliar Sociedades Anônimas a encontrarem o modelo de incentivo ideal. Entre em contato conosco para conhecer produtos e serviços. Não deixe de seguir nossos perfis nas redes sociais para ver conteúdos como este.
O plano de Ações Restritas é o modelo de ILP mais utilizado no mercado. É isso que a Pesquisa de ILP 2023 da Pris aponta. No estudo, 82,14% das companhias participantes adotam este modelo de Incentivo de Longo Prazo.
Continue a leitura deste artigo para entender o motivo deste ser o programa mais popular na atualidade. Além disso, conheça seu funcionamento e veja quais são seus principais benefícios.
As Ações Restritas, também conhecidas por Restricted Shares Units (RSU’s), são um plano de ILP baseado em ações. Isso quer dizer que a pessoa beneficiária não precisa optar por exercer ou não suas ações.
Isso porque, ao final do período de vesting, caso as condições de carência tenham sido cumpridas, as ações outorgadas já podem ser transferidas para o elegível. Logo, é importante ressaltar que o beneficiário não precisa pagar nada pelas ações no momento do resgate.
Para ir a fundo na maneira como este plano funciona, é preciso reforçar como o vesting age diante deste modelo de ILP. O vesting é um tipo de carência. Isso significa que a pessoa beneficiária só tem acesso ao incentivo financeiro depois de se manter na empresa pelo período de tempo que o vesting aponta.
O contrato de vesting, além do prazo de carência, pode apontar outros gatilhos para resgate do ILP. É o caso das condições de performance, que também rege uma parte significativa deste modelo de ILP.
Ou seja, o recebimento das outorgas é condicionado a uma carência e a metas de performance individuais ou organizacionais. É daí que vem o nome Ações Restritas — o recebimento do incentivo é restrito ao cumprimento das condições de vesting.
É cada vez mais comum que empresas que adotam o plano de Ações Restritas incluam o matching no modelo de ILP. Essa é uma cláusula de contrapartida.
Sendo assim, para participar das rodadas de outorga, a pessoa colaboradora precisa fazer uma espécie de investimento. Ou seja, o beneficiário ou beneficiária deve comprar uma determinada quantidade de ações.
Geralmente, esse investimento pode ser feito com uma parte do bônus, que é um Incentivo de Curto Prazo (ICP). A pessoa colaboradora, portanto, investe nas ações na outorga, que pode ocorrer ao longo de todo o programa.
A partir da contrapartida, a empresa outorga um número de ações de acordo com um múltiplo de matching. Explicando — no caso de um matching 1 para 2, se a pessoa beneficiária compra uma ação, a empresa outorga mais duas.
Ao final do programa, o funcionário ou funcionária terá 3 vezes o número de ações que adquiriu.
Para que você possa entender melhor como funciona o plano de Ações Restritas com cláusula de matching, vamos descrever uma aplicação prática.
Uma empresa adota o plano de Ações Restritas. Para participar, a pessoa beneficiária deve, no momento da outorga, investir 25% do seu bônus. Considerando que o ICP é de R$1.000, significa que ela investirá R$250 na outorga.
A regra de matching prevê 1 para 1 em ações. Leve em consideração que a ação vale R$1. Isso significa que a pessoa compra 250 ações. A empresa outorga mais 250.
Ao final do período de vesting, se as condições forem cumpridas, a pessoa terá 500 ações.
O plano de Ações Restritas carrega consigo uma gama de vantagens. Não à toa, conquistou o favoritismo das empresas, como mencionamos anteriormente.
No entanto, antes de optar por este modelo de ILP, é preciso entender se a escolha faz sentido. É necessário levantar as necessidades da empresa e objetivos a médio e longo prazo.
Desta forma, é possível entender se o plano tem as características necessárias para alcançar as metas da companhia.
Contar com a ajuda de especialistas, como a equipe de Pris, é um investimento neste sentido. Nossa equipe tem a expertise necessária para ajudar uma empresa a encontrar o modelo de ILP ideal para as necessidades do negócio.
Para além do auxílio especializado, é importante conhecer, de forma geral, as características e vantagens de cada plano. Por isso, a seguir, você conhecerá os principais benefícios das RSU’s.
Ao aplicar a cláusula de matching ao plano de Ações Restritas, o ILP passa a ter características mercantis. Isso porque, esta cláusula incorpora três princípios básicos para esta interpretação:
Ao ser interpretado como de natureza mercantil, este modelo de ILP acaba por ter sua tributação reduzida. Isso porque, diante deste fato, apenas o imposto sobre ganho de capital é taxado à pessoa colaboradora.
Sem a cláusula de matching, as Ações Restritas podem ser tidas como relação remuneratória. Desse modo, o incentivo sofreria o encargo de impostos trabalhistas e previdenciários. Tanto para a empresa, quanto para a pessoa beneficiária.
Um dos maiores retornos que um plano de ILP pode proporcionar é a retenção estratégica de pessoas-chave na companhia.
Como o incentivo é de longo prazo, as pessoas colaboradoras precisam se manter na empresa por determinado período de tempo para receberem o ILP. Este prazo é estipulado pelo vesting, e é por isso que o contrato também é conhecido como “prazo de carência”.
Assim, ao adotar o plano de Ações Restritas, a empresa também ganha com a retenção de talentos-chave.
Ao participarem de um ILP como Ações Restritas, as pessoas colaboradoras recebem ações da empresa. Portanto, enquanto os papéis estiverem sob sua posse, os colaboradores tornam-se acionistas.
Para que consigam resgatar o incentivo financeiro, as pessoas beneficiárias destes planos estratégicos com cláusula de performance precisam atingir a meta definida. Por consequência, este gatilho deve ter ligação com os objetivos da empresa. Certamente, estarão inclusos os interesses de acionistas.
Esta também é uma forma de motivar as pessoas colaboradoras a alcançarem os melhores resultados, o que impacta diretamente na performance organizacional.
Dessa mameira, quanto melhor a performance da empresa, mais chances as ações têm de se valorizarem na bolsa de valores. Com isso, as pessoas beneficiárias e acionistas podem obter um retorno financeiro maior.
Neste artigo, você pôde conhecer mais sobre o plano de Ações Restritas. Você viu como este modelo de ILP funciona e quais são seus principais benefícios. Além disso, pôde entender que, apesar de muito vantajoso, o plano não será aderente a todas as empresas.
A Pris é especialista em Incentivos de Longo Prazo e pode ajudar sua empresa a encontrar o modelo de ILP ideal para o negócio. Entre em contato conosco para conhecer nossos produtos e serviços. Não deixe de seguir nossos perfis nas redes sociais para ver mais conteúdos como este.
Uma remuneração compatível com o momento que a empresa vivencia e seus objetivos a longo prazo pode impulsionar — e muito — seus resultados. Um Incentivo de Longo Prazo (ILP) pode ser a opção ideal para companhias que desejam otimizar, de forma estratégica, alguns de seus números.
Neste artigo, você entenderá o que é um ILP, quais são os objetivos desta remuneração e seus planos mais utilizados. Além disso, saberá quais são os gatilhos do ILP para, de fato, otimizar os resultados de um negócio. Boa leitura!
Incentivo de Longo Prazo é uma estratégia de remuneração Variável (RV) utilizada por empresas para, entre outras finalidades, melhorar seus resultados. A outra categoria de RV utilizada pelas empresas são os Incentivos de Curto Prazo (ICP). Neste texto, vamos nos ater aos ILPs.
Geralmente, essa remuneração é oferecida às pessoas colaboradoras na forma de:
Esses planos têm um período de vesting (carência), durante o qual o colaborador precisa permanecer na empresa para ter direito à completude da remuneração. Esse período pode variar, mas seu prazo mínimo é de um ano.
Em suma, o objetivo desta carência é incentivar que as pessoas colaboradoras permaneçam comprometidas com a empresa a longo prazo e se mantenham em suas atividades na companhia.
Os Incentivos de Longo Prazo têm diversos objetivos, que são vantagens para empresas e pessoas beneficiárias. Sendo assim, é preciso ressaltar que cada modelo de ILP tem suas características próprias.
Há sim, alguma similaridade entre os planos quando falamos de vantagens. Mas é preciso entender os objetivos da empresa para adotar o plano mais compatível e ideal para o negócio.
Entre os benefícios de adotar um ILP como remuneração estão:
Existem dois tipos de liquidação, ou seja, a forma como o ILP é pago — bens patrimoniais (as ações ou opções) e dinheiro. A maneira mais vantajosa para a empresa depende dos objetivos a longo prazo. Além disso, é preciso considerar o cenário que a companhia vive no momento da adoção do ILP.
São os planos pagos em ações ou opções:
Os planos liquidados em dinheiro são:
No tópico anterior, citamos os principais benefícios que um plano de Incentivo de Longo Prazo pode oferecer. Mas é necessário compreender quais são os gatilhos que podem realmente otimizar os resultados das empresas.
A seguir, você entenderá como um ILP pode melhorar diversas métricas de uma companhia por meio da valorização profissional e do incentivo financeiro inerentes à sua natureza. Ademais, você verá como o vesting e a cláusula de performance nos planos podem levar a empresa a caminhar rapidamente para seus objetivos.
O plano de Incentivo de Longo Prazo é uma forma da empresa mostrar para a pessoa beneficiária que valoriza seu trabalho. Sendo assim, o colaborador ou colaboradora se sente essencial para o bom desempenho da organização.
Logo, com a pessoa em questão se sentindo valorizada, é possível gerar a sensação de pertencimento ao ambiente de trabalho.
É importante ressaltar que, além de ser um incentivo, um programa de ILP também reconhece pessoas que:
A questão financeira é importante no universo corporativo e pode fazer bastante diferença para muitas pessoas que recebem um incentivo como esse. Esse é um dos fatores mais decisivos para alcançar a retenção e atração de talentos.
Portanto, um ILP como forma de reconhecimento pode ser um grande diferencial no momento da pessoa colaboradora ou candidata optar pela empresa em questão.
Esta remuneração estratégica também funciona como um grande impulsionador da motivação coletiva. Isso porque, os trabalhadores e trabalhadoras em questão colocam mais foco e energia para atingir as metas estabelecidas que levam ao ILP.
As condições de vesting ou condições de carência, como citamos anteriormente, são termos a serem cumpridos para que as ações ou quantia estabelecidas no plano de Incentivo de Longo Prazo possam ser resgatadas pela pessoa beneficiária.
O contrato de vesting, é, geralmente, relacionado ao tempo. Por isso, é usado como sinônimo de “prazo de carência”. Isso significa que, para ter o direito de resgatar o ILP, a pessoa beneficiária deve permanecer na empresa pelo tempo previsto no documento.
Dessa forma, a empresa consegue fazer com que a permanência na companhia se torne bastante atraente.
Podem, ainda, existir condições de vesting relacionadas a outros fatores. É o caso das condições de performance, que explicaremos melhor a seguir.
Todos os modelos de de ILP podem ter métricas atreladas à performance. Isso significa que, para alcançar o incentivo, as pessoas beneficiárias devem apresentar um desempenho satisfatório, medido em metas. Elas podem ser individuais ou organizacionais.
Esse tipo de sistema pode motivar os beneficiários a alcançarem metas ambiciosas, o que, consequentemente, impulsiona o crescimento da empresa.
Ao concluir a leitura deste artigo, você terá entendido como um ILP pode otimizar os resultados de uma empresa. Além disso, você pôde compreender o conceito desta remuneração, seus objetivos e planos mais praticados no mercado.
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