2018: As novas tendências dos Incentivos de Longo Prazo

Por Daniel Eloi
3 minutos de leitura

Os planos de incentivos de longo prazo continuam muito presentes na realidade das empresas, assim como os desafios enfrentados e os benefícios trazidos por eles. Observando o mercado e investigando práticas desse tema através da Pesquisa ILP 2017, identificamos algumas tendências desses tipos de incentivos.

Os planos de Stock Options ainda continuam sendo os mais utilizados pelas empresas, apesar do crescente uso de planos de Ações Restritas no Brasil. Um artifício cada vez mais utilizado pelas empresas é o matching, que é uma espécie de contrapartida exigida pelas empresas para os colaboradores participarem dos planos. Você pode entender um pouco mais sobre o matching aqui.

Como existe uma grande flexibilidade das empresas em relação ao desenho de seus planos, muitas vezes eles ficavam complexos, com regras extravagantes e confusas, trazendo dificuldades tanto para quem gerenciava os planos quanto para os beneficiários, já que ambos tinham dificuldades para entender as regras e benefícios desses planos de ILP. Porém, temos notado um amadurecimento das empresas no que diz respeito ao desenho das outorgas de ILP, em especial na busca de planos mais simples, mais fáceis de compreender e com menos riscos fiscais. Nos aspectos gerenciais, buscando aumentar a visibilidade dos planos e reduzir os trabalhos manuais.

O novo cenário na gestão dos planos de Incentivos de Longo Prazo

Com o momento econômico enfrentado pelo Brasil, boa parte das empresas apresentou um fraco desempenho na bolsa. Nesse contexto, criar novos planos de incentivos (ou de remuneração) baseados em ações acaba parecendo pouco atrativo. Isso tem, inclusive, mudado as tendências e aumentado o interesse de empresas por modelos de bônus diferido (ou staying bonus). De forma geral, temos notado que as empresas que têm colocado o tema ILP em seu planejamento e estratégia são aquelas que apresentam boas perspectivas de crescimento.

Em resumo, os incentivos de longo prazo ainda são e prometem continuar sendo uma boa estratégia de retenção de funcionários-chave e alinhamento de interesses entre as partes, especialmente quando há perspectiva de crescimento. Porém, o tempo e a experiência das empresas com esse tipo de iniciativa trouxeram também a clareza e o entendimento de que o seu plano deve ser o mais claro e simples possível, o que é bom para a gestão, comunicação com beneficiários e também para a demonstração de resultados, tornando-os menos arriscados em relação ao fisco.

Quer saber mais sobre as tendências dos Incentivos de Longo Prazo e o funcionamento de sua gestão? Acesse a nossa Pesquisa de ILP 2017:

Sobre o Autor
Daniel Eloi é Sócio Diretor da Pris. Trabalha com Incentivos de Longo Prazo desde 2010, tendo colaborado na concepção, revisão, contabilização e gestão de Planos de ILP de centenas de empresas de capital aberto ou fechado. É graduado e mestre em Engenharia de Produção pela UFMG e fez cursos de especialização no Babson College (EUA) e na Stanford University (EUA).

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