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Veja como a Remuneração Variável está sendo impactada por tendências ESG

Por Julia Campos
5 minutos de leitura

A pauta ESG vem transformando a relação das empresas com o meio-ambiente, sociedade e transparência nos processos de governança e compliance. A Remuneração Variável também está sendo impactada por essa tendência por meios de métricas, e esse movimento deve se intensificar cada vez mais.

Neste artigo, você poderá ver como as empresas têm se relacionado com o tema e como o ESG está sendo implementado em planos de remuneração executiva. Boa leitura!

O que é ESG?

A sigla ESG, em inglês, se refere a Enviromental (Ambiente), Social (Social) and Governance (Governança). Em português, é comum encontrar a sigla ASG.

Esse é um conjunto de políticas e boas práticas que guiam empresas, organizações, investimentos, entre outros, a desenvolver a sustentabilidade.

Os três pilares básicos do ESG buscam:

  • desenvolvimento sustentável equalizado com o meio-ambiente;
  • diálogo com a sociedade por meio das partes interessadas;
  • validação dos direitos dos acionistas por meio de uma política de governança e compliance.

Como as empresas têm se relacionado com o ESG?

É um fato que consumidores têm pressionado e utilizado mais produtos e serviços de empresas que estão comprometidas com um ou mais valores do ESG. Observando esse movimento, acionistas de empresas estão cobrando mudanças nas organizações, que são estruturadas e aprovadas, geralmente, por meio de um conselho administrativo.

É também sabido que ignorar essas tendências pode acarretar em um aumento do risco do negócio, ameaça da sustentabilidade organizacional e prejuízo aos interesses de acionistas.

É claro que o lucro tem papel fundamental na adoção dos pilares ESG, mas a construção de um propósito compatível e harmônico com os valores da empresa pode, de fato, criar uma identidade sustentável para a organização.

Essa tendência de movimentos chegou até a Remuneração Variável, sendo aplicada por metas relacionadas aos parâmetros ESG. Continue a leitura para entender o cenário.

Como as métricas de ESG afetam a Remuneração Variável?

De acordo com uma pesquisa divulgada pela Willis Tower Watson, a maioria dos membros de conselhos administrativos respondentes acredita que os planos de remuneração executiva devem incluir métricas ligadas ao ESG.

O material traz informações relevantes para o futuro da Remuneração Variável:

  • 4 em cada 5 empresas planejam implementar metas ESG em planos de remuneração executiva nos próximos 3 anos;
  • o uso de métricas ESG em planos de remuneração para executivos é mais comum na Europa, sendo presente em 63% das empresas que constituem os principais índices das bolsas do continente;
  • as métricas ESG estão mais aplicadas em planos de Incentivo de Longo Prazo.

Foco em mudanças ambientais

De acordo com a pesquisa, os membros do conselho afirmam que questões climáticas e ambientais estão no topo das prioridades dos próximos 3 anos quando o assunto é ESG. Isso é justificável quando olhamos para os tipos de indústria que os executivos representam, que estão diretamente ligadas a um foco de gerenciamento e risco ambiental, como:

  • mineração;
  • petróleo e gás;
  • fabricação de produtos químicos;
  • transporte e energia, entre outras.

Investimentos que influenciam o capital humano

O relacionamento com a comunidade é um valor importante para as empresas. Segundo o estudo da Willis Tower Watson, investimentos nas comunidades locais ajudam a desenvolver um sentimento de orgulho nas pessoas colaboradoras, o que fortalece a cultura organizacional.

É importante ressaltar que implantar pilares do ESG em uma empresa ajuda a construir um propósito organizacional bem articulado. Isso gera uma proposta de valor e a mobilização de pessoas colaboradoras. Dessa forma, a empresa consegue ter comprometimento com várias partes interessadas.

Esses são exemplos de como o ESG colabora na atração e retenção de pessoas colaboradoras, já que, segundo a pesquisa, a geração atual de funcionários e funcionárias é muito mais ligada ao propósito de uma instituição.

Portanto, para tornar-se uma marca empregadora cada vez mais atrativa, é importante investir em fatores como:

  • diversidade e inclusão;
  • equidade;
  • colaboração com a transição climática.

Cenário latino-americano

O estudo ainda aborda em que ponto estão as discussões e medidas práticas de ESG em empresas latino-americanas. Segundo a amostragem da Willis Tower Watson, as discussões ambientais ainda engatinham no continente, mas estão se desenvolvendo. 

Já as questões sociais como diversidade e inclusão, segurança e bem-estar precisam de mais foco. As práticas de governança estão amadurecendo, impulsionadas pela pressão de investidores institucionais.

O sócio-fundador da Pris e especialista em ILP, Daniel Eloi, diz que, no Brasil, a tendência de incluir métricas ESG em planos de Remuneração Variável está aumentando, principalmente entre empresas que têm operações que impactam o meio-ambiente.

“É uma tendência as empresas incluírem métricas ESG na remuneração dos administradores, principalmente em planos de Incentivos de Longo Prazo, em alguns casos, demandado por acionistas, já que é do interesse deles que a empresa tenha essa preocupação. Essa é uma forma de alinhar o interesse dos acionistas no tema com a remuneração de administradores. No Brasil, algumas empresas incluíram esse tipo de métrica recentemente, como a Vale e Gerdau.”

Saiba mais sobre o assunto!

Durante esta leitura, você pôde conferir dados interessantes e relevantes sobre a implementação de métricas ESG em planos de Remuneração Variável levantados pela pesquisa da Willis Tower Watson. Ainda, conclui-se que, no Brasil, esse é um tema que ainda engatinha, mas a tendência é que se expanda com o passar do tempo.

Quer implantar métricas ESG na sua empresa? A Pris é especialista em Remuneração Variável e pode te ajudar nessa questão. Entre em contato conosco e conheça nossos serviços e produtos!

Sobre o Autor
Julia Campos é analista de Marketing de Conteúdo da Pris. Cursa MBA em Gestão de Pessoas pela USP/Esalq e é bacharel em Jornalismo e Publicidade e Propaganda pela UniAcademia. Tem experiência em marketing, produção jornalística, de conteúdo e assessoria de imprensa. Atua como produtora de conteúdo de temas como Remuneração Variável.

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