Já pudemos entender um pouco mais sobre diversos tipos de planos de Incentivos de Longo Prazo até aqui, como os Planos de Opções de Compra de Ações (Stock Options), os Planos de Ações Restritas (Restricted Shares) e os Planos de Opções Fantasmas (SAR). Comparando os tipos apresentados até aqui, já podemos chegar a algumas conclusões. Temos duas categorias principais nas quais os planos se encaixam: gênero outorgado (ações ou opções) e forma de liquidação (instrumentos patrimoniais ou dinheiro). Ao fazer diferentes combinações destas características, chegamos aos diferentes tipos de planos que são utilizados pelas empresas. Os planos de ações pagos em instrumentos patrimoniais são de Ações Restritas; de opções de ações pagos em instrumentos patrimoniais são Stock Options (Planos de Opções de Compra de Ações) e os planos de opções de ações pagos em dinheiro são os Planos de Opções Fantasmas (SAR). Dito isso, a última combinação a ser feita é a de Planos de Ações Fantasmas ou Phantom Shares, que utilizam ações e são liquidadas em dinheiro.
Em um Plano de Ações Fantasmas, é outorgado um número específico de ações aos beneficiários, e essas ações serão pagas em dinheiro se cumpridas as condições de carência (vesting). Basicamente, a empresa dá um direito ao executivo de receber o valor referente a um determinado número de ações da empresa em uma data no futuro, ou seja, a Companhia paga ao beneficiário o montante dado pelo valor da ação na data de exercício multiplicado pelo número de Ações Fantasmas outorgadas.
Esse tipo de plano pode ser utilizado por startups por exemplo, como uma forma de “premiar” pessoas chave que contribuíram com o início da companhia, mesmo recebendo salários muitas vezes abaixo do mercado, para que no futuro possam desfrutar do crescimento e lucros da empresa. Ele pode ser usado também como um plano de bônus em dinheiro.
Vamos entender melhor como funcionam as ações fantasma através de um exemplo: são outorgadas 100 opções fantasma a um funcionário da empresa. Após o período de vesting (carência) de 3 anos, a ação está valendo R$5,00. Se o beneficiário resolve exercer suas ações nesse momento, ele ganhará R$500,00 (100 ações * R$5). Se tomar a decisão de esperar, ele terá um prazo de mais 5 anos para exercê-las a qualquer momento (de acordo com o prazo de expiração). Durante esse tempo, quanto mais a ação se valorizar, maior será o seu ganho. Porém, se a ação cair, ele terá um ganho menor.
Há algumas vantagens e desvantagens relacionadas a esse tipo de plano. Apesar de ser uma ótima forma de bonificar mais claramente o funcionário, por ser liquidado em dinheiro, esse tipo de plano é normalmente considerado uma forma convencional de remuneração do ponto de vista tributário e de encargos trabalhistas. Dessa forma, somando o pagamento de impostos e encargos ao pagamento do valor das ações, geralmente acaba sendo mais oneroso do que os planos liquidados em ações. Outra desvantagem é que, como o resgate é feito diretamente em dinheiro, o beneficiário não chega a ser “acionista” da empresa, o que poderia trazer um sentimento de pertencimento e comprometimento maior. Como vantagens, não há diluição do capital e há uma facilidade muito maior na gestão e contabilização, assim como nos planos de Opções Fantasma.
Agora que leu sobre mais um dos tipos de ILP, clique abaixo para acessar a primeira parte da nossa pesquisa 2017 sobre a Gestão de Incentivos de Longo Prazo.
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